segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ondulações



Sempre quis descrever o mar em forma de poesia,
porém percebi que em sua imensidão
Poesia alguma o comportaria...
Parti para as inquietações de suas ondas
E descobri quão semelhante é o mar e o universo humano.
Suas ondas revoltas que mais parecem os desamores dos homens
Que se vão em um tempo e retornam noutro,
sem que antes possam se preparar para partida.
Ondas que levam sonhos, esperanças, até mesmo a saudade
Dos que ficam, dos que partem, deixando pra trás suas marcas.
Ah esse mar!
Que ouve em silêncio os sussurros dos apaixonados,
Que aceita o olhar vazio e inquieto dos solitários;
Esse mar que abriga o silêncio do deprimidos,
Acalma suas angústias com a dança suave das águas.
Oh, mar que lava o corpo e a alma dos crédulos,
Que alimenta seus sonhos, suas buscas...
Que faz parar qualquer vivente a admirá-lo
horas e horas em silêncio absoluto.
É exatamente esse mar vivo, acolhedor que mesmo com sua imensidão,
Trago para dentro de mim
Abdico desse vazio na alma para acolher essa maravilha
Tão singular que o meu ser comporta
Oh mar, doce mar.

Mônica Martins

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